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16 maio 2011

PASSEIOS NEURONAIS

(...) Caminho ao longo de um axónio imaginário, prolongamento celular nervoso que nasce do corpo neuronal e se espraia até à enseada da sua ligação, ou sinapse, com o neurónio a quem passa o testemunho de uma mensagem que flui. Flui como uma onda salina de potássio e sódio, propulsionada por uma acção potencial de natureza electroquímica. A passagem de testemunho tem cambiantes químicos que modelam a mensagem com neurotransmissores específicos: serotonina e noradrenalina associadas ao “humor”; dopamina ao controlo motor; acetilcolina à aprendizagem e memória; ácido gama-aminobutírico à inibição; glutamato e aspartato à estimulação; et cetera.

A vaga neurotransmissora banha o neurónio pós-sináptico, passo seguinte, e uma nova onda se espoleta e conflui com milhares de outras vindas de tantos outros neurónios, numa raiz dendrítica que encorpa no integrante corpo celular.

E assim, de sinapse em sinapse, passo a passo, a mensagem faz o seu caminho e a via neuronal se estabelece, consequente, numa acção causal de efeitos complexos ainda pouco estabelecidos, porque muitos são os caminhos e muitas as suas intercomunicações em rede.
(...)



O CONTROLO DA RESPIRAÇÃO

É facto de observação corrente que, quando uma pessoa sobe a correr uma escada, a frequência respiratória aumenta; logo que ela descanse, essa frequência volta ao normal. Sempre que as células apresentam uma actividade intensa, a respiração celular é maior. Este facto determina um consumo suplementar de oxigénio pelos tecidos mais activos e uma expulsão de excesso dióxido de carbono que se formou.
Mas o que torna os músculos envolvidos na respiração mais activos quando outras partes do corpo apresentam maior consumo de oxigénio?
 Sendo os teores de oxigénio e de dióxido de carbono do sangue controlados pelos movimentos respiratórios, não serão estes gases responsáveis pela frequência respiratória?
Ora verificou-se que tanto uma concentração de O2 baixa como uma concentração de CO2 elevada, no sangue, estimulam a respiração. Assim, se o nível de CO2 aumentar no sangue, o bolbo raquidiano responde emitindo um grande número de estímulos nervosos aos músculos implicados nos movimentos respiratórios. Como consequência, aumenta a frequência respiratória e com ela uma maior expulsão de CO2 e uma maior captação de O2. Deste modo tende a estabelecer-se o equilíbrio interior que tinha sido afectado pelo aumento da concentração de CO2 no sangue.
Se por outro lado é o nível de O2 que baixa no sangue, vão ser estimuladas determinadas zonas, denominadas quimiorreceptores, que se localizam nas artérias aorta e carótidas. Estes receptores, quando estimulados, enviam impulsos ao centro respiratório do bolbo, cuja resposta vai no sentido de aumentar o número dos movimentos respiratórios por minuto e, desta forma, tentar estabelecer um equilíbrio que tinha sido alterado.


26 abril 2011

Aplicações práticas dos processos fermentativos

Deixo-vos aqui uns filmes sobre aplicações práticas dos processos fermentativos estudados nas aulas...

Produção de cerveja

Produção de pão

Produção de queijo

20 abril 2011

REQUISITOS ENERGÉTICOS (dos organismos ... e não só)


A razão pela qual conseguimos obter energia a partir dos alimentos e dos combustíveis é a mesma: electrões. Há coisas que têm mais electrões do que outras e, tal como numa barragem em que uma coluna de água de um lado tem tendência a passar para o outro movendo uma turbina para produzir energia, os electrões também têm tendência a passar das moléculas onde estão em maior abundância para outras em que estão menos concentrados. É isso que são os açúcares: uma espécie de albufeiras de electrões. E, tal como nas barragens, as células também têm uma espécie de umas turbinas e conseguem aproveitar a energia contida nessa transferência de electrões. Através da respiração celular, os electrões dos açúcares e de outros alimentos são entregues ao oxigénio, formando-se água que é depois expelida pelos pulmões ou transpirada (isto, no caso da respiração aeróbica).

Com os combustíveis é mais ou menos a mesma coisa. Com a diferença de que a respiração celular é um processo bem mais eficiente do que a combustão, uma vez que a oxidação dos alimentos é mais gradual e permite aproveitar melhor a energia (que em vez de ser libertada na forma de calor é convertida em ligações químicas que libertam energia quando são quebradas). Na combustão é muito simples: o combustível é queimado, ou seja os electrões dos hidrocarbonetos são passados rapidamente ao oxigénio, e liberta-se calor.

O que sobra tanto na combustão como na respiração celular, para além da supramencionada água, é o dióxido de carbono. No caso das nossas células acaba por ser expelido pelos pulmões. No caso dos carros é enviado para a atmosfera pelos tubos de escape, para causar o aquecimento global e essas coisas.(...)

Tudo isto para concluir que o dióxido de carbono, no que diz respeito à energia, é o fim da linha. São as espinhas, o prato sujo e lambido.

Por tudo isto pode afirmar-se que o dióxido de carbono não é uma molécula energética nem nunca o poderá ser!  

As plantas, através da fotossíntese, conseguem capturar o CO2 da atmosfera e transformá-lo em moléculas ricas em energia. Mas a origem dessa energia não está no CO2, mas sim num fotão que vem do Sol.

Fonte: Blog "De Rerum Natura"

RESPIREM...

Antes de mais, façam uma pausa para ver este vídeo e tentar acompanhar o ritmo (relaxem!):

Fonte: You Tube


Antes de continuarem a ler, parem e verifiquem se estão a respirar.  Estão? Óptimo!
Logo para começar, caso ainda não tenham reparado, se não respirarem, morrem, pois precisam do oxigénio para viver.

 O nosso sistema linfático é um dos principais responsáveis pela eliminação das toxinas do corpo. Ele tem, no entanto, um problema. Enquanto o sistema circulatório tem um motor para movimentar o sangue (o coração), o sistema linfático está dependente principalmente de 2 coisas para movimentar a linfa: a movimentação do corpo e… a respiração.


Somos um organismo cujas células são constituídas essencialmente por moléculas com "esqueletos" de átomos de carbono e se adquirimos o carbono através dos alimentos, libertamo-lo através… da respiração /expiração.

O nosso cérebro, apesar de representar apenas 2% do nosso corpo, consome 25% da energia corporal. E para funcionar bem, para além da energia (dada pela glicose), precisa de oxigénio. E para ter oxigénio precisamos de… respirar / inspirar! 
Adaptado de: Curiosid@des online 

19 abril 2011

SISTEMAS CIRCULATÓRIOS

Aqui têm uma compilação dos esquemas que vocês efectuaram sobre os diferentes tipos de sistemas circulatórios... agora é só estudar!!


03 abril 2011

SANGUE - O fluir da Vida

Logo após a fecundação, depois de uma brevíssima pausa para o zigoto “respirar”, explode uma intensa actividade de divisão, diferenciação e especialização celular. Estes processos vão originar os diversos tecidos e sistemas de órgãos que nos dão forma e nos enchem de vida.
Estes processos estão particularmente activos, mas não exclusivamente, durante o desenvolvimento embrionário, no qual são edificados os diferentes tipos de células, blocos estruturantes e funcionais dos diferentes tecidos, alicerces e elementos anatómicos dos órgãos. Numa “tradição” que fica dos tempos embrionários, todos os órgãos cooperam entre si funcionando ao “som” de mensagens bioquímicas (hormonas, neurotransmissores, entre outros compostos), que trocam entre si, numa orquestração homeostática.
Um dos veículos de transporte dessas mensagens moleculares é o sangue. Este tecido é composto, como os outros, por um conjunto de células que lhe são específicas. Entre elas encontram-se os glóbulos vermelhos ou eritrócitos.
Entre outras funções, ainda hoje pouco esclarecidas, os eritrócitos são responsáveis pelo transporte de oxigénio e de dióxido de carbono, entre os pulmões e os tecidos, garantindo assim que ocorram as trocas gasosas indispensáveis para a respiração pulmonar e celular. É de salientar que os eritrócitos são também indispensáveis na homeostase do ferro e que também podem ser considerados como transportadores deste ião metálico.
Regressando ao embrião já nidado à parede uterina materna, as primeiras trocas gasosas que permitem que o oxigénio chegue abundantemente a todas as suas células, e que o dióxido de carbono seja delas removido, são garantidas, inicialmente, por mera difusão. Mas o rápido crescimento do embrião torna a pura difusão insuficiente. A resposta arquitectada é em forma de coração e são desenvolvidos os esboços do que virá a ser o sistema cardiovascular adulto.
De facto, um projecto de coração é o primeiro órgão a se formar com a tarefa de propulsionar, por convecção forçada pelo seu bombear, sangue a todas as células. Os primeiros batimentos, numa frequência entre 100 e 115 batimentos por minuto, ocorrem cerca de 21 dias após a fecundação, numa altura em que a mãe, a maior parte das vezes, ainda não sabe que está grávida!


31 março 2011

Novamente a Fotossíntese!!

Mais uma notícia interessante sobre a importância da ciência e da tecnologia nas sociedades actuais!!!


Folha artificial pode gerar energia para alimentar casas
30.03.2011
PÚBLICO 

 
Um pedaço de silício do tamanho de uma carta de jogo, quatro litros de água, um catalisador e o Sol é tudo o que é preciso para dar energia barata a uma casa ao longo de um dia. A mini-obra de engenharia foi apresentada recentemente pelo químico do MIT Daniel Nocera na Reunião Anual da Sociedade Americana de Química, na Califórnia.
O processo assemelha-se ao que acontece nas folhas das árvores. As plantas utilizam a energia do Sol para produzir compostos orgânicos, um processo chamado fotossíntese. Durante este processo conseguem hidrolisar a água – transformar uma molécula de água (H20) em oxigénio e hidrogénio – e libertam oxigénio.

A folha artificial da equipa de Nocera é também capaz de hidrolisar a água. É feita de três bandas de silício. O material tem que estar submerso em água e directamente exposto ao Sol. Quando isso acontecer, capta a energia do Sol, o que provoca a hidrólise da água. O começo da reacção acontece devido a um catalisador que a equipa desenvolveu e está presente na folha de silício.

Depois, é necessário recolher este hidrogénio e oxigénio para produzir electricidade a partir de células de combustível. O que ainda não foi desenvolvido. “Tem que haver algum truque de engenharia para recolher os gases que vêm do silício”, disse Nocera durante a apresentação.
“Ainda não sabemos como é que isso se faz.”